13 de dezembro de 2024

Amazônia – a última fronteira para quem?

Nílson Pimentel (*)

O mundo vive atualmente intenso tempo de mudanças políticas, sociais e econômicas, com guerras internas e externas entre países, contendas econômicas e comerciais internacionais, graves problemas climáticos, problemas políticos e de governanças interna em países e demais problemas que resultam em significativas mudanças globais, ou seja, se vive tempos de incertezas, inseguranças e instabilidades. Visto esse contexto global, volta-se à situações nacional e local nas quais as situações reais são bem peculiares em dificuldades impostas por uma realidade dura na qual sempre o desdito é o Povo. Sem deixar de exercer a crítica, como economista de formação e como cidadão, quando se ouve e assiste comentários da imprensa e das autoridades oficiais de governos, sobre as diversas situações que se impõe à realidade. Na economia e na política é uma lástima, nas questões climáticas pior ainda, principalmente quanto às suas áreas de atuação real, quer na região amazônica, quer na região sul do Brasil. Tempos passam e nada muda ou haja transformações! O Brasil patina na economia e “desce a ladeira” nas questões políticas, ideologias à parte, a situação é bastante grave o que o governo atual impõe à sociedade. Acorda Brasil!!! Por aqui na Amazônia só há desafios, ou seja, as questões amazônicas permanecem nas manifestações discursivas e continuam na periferia do país, não existe nenhum projeto concreto de desenvolvimento econômico regional, mesmo sabendo-se que não existe “modelo” para tal empreitada no mundo, visto as peculiaridades dessa imensa região do planeta, segue ‘minimizada e subvalorizada’ mesmo figurada nos discursos em eventos mundiais, como tema de enorme centralidade e gerador de grandes interesses, o que ainda se considera positivo tendo em vista fatos de acelerada exploração econômica dos recursos naturais finitos na Terra, como todos os graves riscos ambientais e climáticos que passa a humanidade. Também, sem embargo de outras conotações, são ignoradas as imensas potencialidades e particularidades regionais, reduzidas à condição de exploração diversa, excluídas suas vantagens econômicas sociais para o Povo Amazônico e mesmo do estado do Amazonas. Como propalam os economistas pesquisadores do CEA (Clube de Economia da Amazônia), questões sobre a Amazônia são primordialmente estratégicas para o Brasil, econômica, climática e socialmente. São os desafios para governos dos estados abrangidos e para o governo federal que se põem para o futuro da nação brasileira. A Amazônia não pode esperar por mais uma grave estiagem, seca dos rios amazônicos, que tem impactado as economias estaduais e sacrificado à vida de mais um milhão de habitantes, ribeirinhos, pescadores, habitantes que vivem nas comunidades interioranas, habitantes da floresta e, mais de 25 milhões de habitantes das cidades e capitais de imensa região, que se veem excluídos de sue direitos de ir/vir, sem integração com o restante do Brasil, por caprichos ideológicos de certas autoridades do governo federal e da omissão do próprio presidente, quando relega a menos importância a integração com o total restabelecimento da BR-319. A Amazônia brasileira que representa 60% do território nacional não será a última fronteira, os amazônidas também são brasileiros, a floresta e seu território não necessitam em ser conservados, mas preservados e utilizados de forma racional, economicamente, de forma a beneficiar os verdadeiros guardiões desse manancial de riqueza potencial, com base contributiva da ciência, da pesquisa, da tecnologia e da inovação se poderá construir projetos economicamente sustentáveis e tecnologicamente avançadas em biotecnologia no aproveitamento dessa imensa biodiversidade amazônica. De forma que, se construam projetos e alternativas econômicas com investimentos endógenos e exógenos necessários a fomentar o desenvolvimento econômico regional que tanto a Amazônia e seus habitantes precisam para continuar sendo brasileiros.(*) Economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador Sênior, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]

Nilson Pimentel

Economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]

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