Sequenciando o que foi abordado em dois segmentos da lavra desta estação de escritos semanais, sempre nos moldes desde título assim adjetivado, cabe-nos por conseguinte ceder espaço à História, quando uma vez vinculada ao Determinismo, figura já elucidada, em que pese se tenham ciências outras que tal-qualmente se comporiam com este estudo.
Mas, sucede, não sendo este o único fim que aqui se quer alcançar, quem sabe também por um impulso determinista traduzido numa busca deste redator para reencontrar o prazer que colhia tempos passados no ministrar aulas de História, em notável liceu da cidade, dos mais renomados e que se tratava de um instituto fundado por amigo íntimo, que infelizmente veio a falecer quando fato de circunstâncias inesperadas.
Voltemos ao rumo aqui perseguido. A propósito, como fontes confiáveis ponha-se o rol de autores deterministas que se tem em vasto número, mas ora destaque-se apenas alguns a partir de August Comte; Hans Kelsen; H.L.A.Hart; e, em especial, as figuras de Demócrito; Nicolau Hartmann; Friedrich Ratzel e Deleuze, que determinavam a História como ciência registrando os acontecimentos em meio à vida do homem, através do tempo.
Assim, aqui volta-se ali para investigar o que os homens fizeram, pensaram e agiram como seres sociais. Nesse sentido tal conhecimento oferece a compreensão em torno dessa individualidade enquanto ser que vive as ocorrências do seu tempo, conservando as experiências vividas. Isto certamente é História.
Logo, ora cabe aduzir ao já adiantado linhas acima, assinalando que tal ciência, ainda que não necessariamente refletindo no Determinismo como aqui se estuda, apresenta em contagem de mais de um século a seleção de vários autores que representam a criação dos seus fundamentos modernos. Dá-se então irrefutável inclinação para o estudo das ações humanas ao longo do tempo, até porque o historiador obriga-se a uma minuciosa análise de todos os fatos e documentação a ponto de possibilitar entender o passado.
E então presente no cotidiano, serve de alerta e de referência à condição humana de agente do mundo em que vive, mas sem se limitar à simples repetição dos conhecimentos acumulados, o que vem a se traduzir afinal em determinismo histórico ou causalidade (ufa!). Nisso, resulta capaz de mostrar-se como instrumento de conscientização dos homens, tudo voltado para a tarefa de construir um mundo melhor e uma sociedade mais justa. Nesta altura, indispensável registrar-se um segmento estampando as lições dalguns pensadores, ainda que algo resumido, tamanho é o acervo. Quem sabe um baú de saberes, não?
Comecemos por Auguste Conte, referido em linhas anteriores. Ou, propriamente, Isidoro Auguste Marie François Xavier Conte. Foi dos mais importantes filósofos e sociólogos franceses, autor da doutrina do Positivismo, provinda da criação da disciplina sociológica e da corrente filosófica, política e científica, afinal conhecida como Positivismo, já se disse.
Pensador conhecido como o primeiro filósofo da Ciência no sentido moderno do termo, Conte também é visto como o fundador da disciplina acadêmica da Sociologia e, não bastasse, além de apontado como vinculado à interpretação do Determinismo ou Causalidade, como se apontou linhas acima, cujo sentido filosófico é traçado como causa e efeito. (Continua).