Ela delineia um preceito da economia consagrada que é vasto e que supre o conceito de ‘fim de vida’ por redução, reutilização alternativa, reciclagem e recuperação de materiais nos processos de produção/distribuição e consumo, operando nos níveis micro e macro.
O objetivo é de alcançar o desenvolvimento fazendo oposição ao modelo linear de extração atual. Estamos aqui descrevendo aquela que se apresenta como uma técnica similar “cradle to cradle”, ou “do berço ao berço”.
O objetivo maior da Economia Circular é transformar o metabolismo industrial ou urbano de forma a contrapuser o metabolismo natural. No ecossistema industrial, a única forma de redarguir o metabolismo natural é garantir que todos os materiais utilizados estejam fincados neste único ciclo biológico.
É notório que nos últimos 35 anos, apesar dos progressos tecnológicos e do aumento da produtividade dos processos industriais, que extraem 40% mais valor econômico das matérias-primas, a demanda mostrou que houve um aumento de 150%, o que mostra que estamos no rumo certo.
Essa tendência faz com que as empresas não apenas reduzam custos e perdas produtivas, mas também designem novas fontes de receita, por exemplo, com estímulo à inserção de matéria-prima secundária nos processos produtivos e fomento ao mercado de troca de resíduos. Não obstante, é inegável sua importância na participação do incremento de novos approaches na cadeia produtiva, por meio de técnicas promovidas por este modelo, como: otimização de processos, produto como serviço, compartilhamento, extensão da vida do produto, insumos circulares, recuperação de recursos e virtualização.
Em 2019 uma pesquisa realizada pela CNI em 2019 mostrou que 76,5% das indústrias ampliam algum empreendimento de economia circular, conquanto a maior parte não saiba que as ações se enquadram nesse conceito. Entre os principais métodos elencados pelos respondentes estão a otimização de processos (56,5%), o uso de insumos circulares (37,1%) e a recuperação de recursos (24,1%).
A pesquisa também mostrou que 88,2% dos entrevistados avaliaram a economia circular como importante ou muito importante para a indústria brasileira.
Nós consumidores brasileiros, também temos mais consciência sobre o destino do lixo, pois, o número de pessoas que separa o lixo para a reciclagem cresceu de 47%, em 2013, para 55%, em 2019.
Um levantamento recente sobre o aspecto dos consumidores brasileiros, também da CNI, mostra que 38% dos entrevistados sempre verificam ou verificam às vezes se os produtos foram produzidos de forma ambientalmente correta. A pesquisa revela que os brasileiros também têm mais consciência sobre o destino do lixo. O número de pessoas que separa o lixo para a reciclagem cresceu de 47%, em 2013, para 55%, em 2019.
A popularização do termo ou inda conceito “ economia circular” vem de diferentes campos epistemológicos, e percebe-se ainda uma falta de consenso e convergência na literatura, porém, o que já é certo afirmar é que não se trata se mais um modismo alvo de defensores da natureza e sim um novo caminho para o processo produtivo inteligente com a grande pretensão de evitar a escassez dos recursos naturais.