O Ensino à distância.
É o ensino que ocorre quando o professor e o aluno estão separados no tempo ou no espaço. No sentido que a expressão assume hoje, enfatiza-se mais a distância no espaço e propõe-se que ela seja torneada através do uso de tecnologias de telecomunicação e de transmissão de dados, voz e imagens (incluindo dinâmicas, isto é, televisão ou vídeo). Evidencio aqui, que existem uma série de tecnologias que afluem para o desktop, notebook, tablet e o grande campeão, o celular. Nesse contexto, a Educação a Distância torna-se um instrumento fundamental de promoção de oportunidades, visto que muitos indivíduos, apropriando-se deste tipo de ensino, podem concluir um curso nas mais diversas áreas do conhecimento, adquirindo expertises e habilidades com muita qualidade e abraçar novas oportunidades profissionais.
O Ensino à Distância é Pretérito.
Com o intuito e respeito que tenho aos senhores leitores, aclaro que o ensino à distância no Brasil é pretérito aos tempos atuais e está devidamente amparado pelo Decreto 5.622 de 19 de Dezembro de 2005, onde em seu primeiro parágrafo é citado como uma modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino aprendizagem ocorre com a utilização de meio e tecnologias de informação e comunicação com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares e tempos diversos.
Quando o Decreto 5.622 cita “ comunicação”, não posso deixar de dividir com os senhores que no Brasil, mais precisamente no estado de São Paulo o ensino à distância é oferecido a mais de 100 anos, com reconhecimento das ditas autoridades educacionais e com uma didática muito própria, contando ainda com a logística realizada pelos Correios e Telégrafos que não falhavam ao transportar e entregar o material didático impresso ( escola x aluno x escola).
Todos os envolvidos precisam lidar com tecnologias.
Nos dias atuais, pais, responsáveis, alunos, professores e pedagogos, obviamente que nem todos, somente aqueles que acharam que a educação não iria evoluir além do quadro negro que na maioria das vezes era verde e hoje é branco, estão criando uma celeuma sem precedentes e com uma posição irretorquível quando sugerem de forma até ignominiosa que não estavam preparados para esta nova realidade e que a culpa é da COVID-19.
Para os profissionais da área de educação, digo que, não é o bastante ter um diploma universitário para ser chamado de professor ou ainda educador. É necessário antes de tudo que se tenha uma enfibratura em relação ao processo de ensino e aprendizagem. É necessário ter o sentimento voltado para a verdadeira educação. É preciso estar a frente do seu tempo. Tornasse necessário ser inovador e principalmente empreendedor. É fato decisivo a necessidade do aperfeiçoamento contínuo e uma busca sem precedentes no que tange às novas habilidades para o educador do futuro, porque hoje muitos estão destruindo a criatividade alheia.
As Revelações do EAD.
Hoje, com as práticas diversas concernentes à educação e suas metodologias mais modernas e incentivadoras, estamos descobrindo verdadeiras situações esdrúxulas em torno do professor, do aluno e dos pais.
A tecnologia esta nos mostrando, através das câmeras de seus dispositivos como esta sendo a convivência dos pais com seus filhos no momento em que partilham uma web aula. Estas câmeras tem nos revelado pais oprimindo seus filhos para que respondam os questionamentos de seus professores em tempo recorde, ou seja, no tempo em que o pai quer ao invés de ser no tempo do aluno. Temos assistido mães com suas roupas íntimas passando pra lá e pra cá diante das câmeras sem o menor constrangimento e isso vale também para os pais. Presenciamos pais gritando uns com os outros finalizando o sortido episódio com agressões físicas e tudo isso sem o menor pudor.
Profissionais que dizem ser da educação, estão fugindo da tecnologia, fizeram isso o tempo todo, achando que iriam reinar com o giz e o mimeógrafo. Estou falando de profissionais que estão ocupando o espaço físico dentro de todos os níveis do ensino, principalmente, pasmem os senhores, dentro das universidades brasileiras.
Por outro lado, temos os pais que afirmam não gostar da tecnologia, mesmo quando estes, estão portando dois celulares em suas mãos. Pais estes, que usufruem da tecnologia para assistir uma partida de futebol em seus televisores repletos de tecnologia.
Não há problemas com o EAD, o que existe é uma verdadeira rejeição pela educação de uma forma geral. Educação neste país nunca foi uma prioridade, nem dos governos em suas esferas, nem dos pais, nem das instituições de ensino e menos ainda dos alunos que vão sofrer muito com esta ausência irreparável. Oque há de errado com o EAD é simplesmente o fato de que apesar de ter uma grande participação da tecnologia, ainda é preciso saber ler e interpretar um texto. É necessário que pais e alunos saibam interpretar coerentemente um diálogo textual. Não é a educação no Brasil que está atrasada, são as pessoas que dela se servem.
Pode haver cada vez mais tecnologias, porém, e emoção de interpretar um texto seja ele uma tese ou um poema, esta sim, é pertinente somente ao ser humano.
O EAD sem saber ler é terrível.
*Luiz Cláudio da Silva é educador corporativo, professor de ensino superior e espacialista em capacitação empresarial
Fonte: Luiz Cláudio da Silva