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60 Anos do Centro de Instrução de Guerra na Selva: Guerreiros de Selva forjados para a defesa e a proteção da Amazônia!

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Há exatamente 60 anos, no dia 2 de março de 1964, o Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) era criado por meio do Decreto N° 53.649. Naquela época, poucas eram as Organizações Militares presentes na região amazônica e o Exército Brasileiro (EB) carecia de tropas aptas a conduzir o combate em áreas de selva, dadas as dificuldades de locomoção, orientação e até mesmo sobrevivência nesse ambiente tão hostil. Dessa forma, a criação do CIGS teve como foco principal a estruturação de uma Escola que desenvolvesse uma doutrina e ensinasse aos militares da Força Terrestre a arte da guerra na selva.

O CIGS instalou-se, inicialmente, no antigo Quartel-General do Grupamento de Elementos de Fronteira (GEF), na Península de São Vicente, local onde hoje se localiza o 9º Distrito Naval. Em setembro de 1967, o CIGS instalou-se definitivamente no seu atual aquartelamento, no bairro São Jorge, passando a ser um ponto conhecido na cidade de Manaus.

O processo de criação do CIGS teve início com a capacitação de um núcleo de recursos humanos para formar o corpo docente. Nesse contexto, foi nomeado o seu primeiro Comandante, o então Major de Artilharia Jorge Teixeira de Oliveira, o “Teixeirão”. O Comandante e uma equipe de militares foram enviados ao Panamá e tornaram-se os primeiros “Jungle Experts” brasileiros no Jungle Operations Training Center (USAJOTC), no Forte Sherman, centro de especialização de guerreiros de selva do Exército dos Estados Unidos da América (EUA). Após o curso, o Major Teixeira deu início às etapas seguintes, realizando um trabalho fantástico de erguimento da estrutura que redundou na formação, em curtíssimo prazo, da primeira turma de guerreiros de selva, em 19 de novembro de 1966.

Em uma justa homenagem, reconhecendo a importância do trabalho pioneiro do Teixeirão, o Exército Brasileiro concedeu ao CIGS, em 1999, a denominação histórica de Centro Coronel Jorge Teixeira.

O Curso de Operações na Selva

Atualmente, a missão do CIGS continua bem alinhada com os motivos de sua criação: especializar militares para o combate na selva, realizando pesquisas, experimentações doutrinárias e adestramento de tropas para a defesa e a proteção da Amazônia brasileira.

Nesse sentido, a vocação do CIGS se materializa por meio do Curso de Operações na Selva (COS), que é um curso de especialização voltado para o combate na selva, adaptando os conhecimentos profissionais adquiridos nas escolas de formação à forma de atuar no ambiente operacional amazônico. O curso exige do candidato elevado grau de comprometimento e abnegação, refletidos na necessidade de preparação física, orgânica, intelectual, material e psicológica.

Os valores cultuados pelos Guerreiros de Selva, principalmente a identificação com essa parcela do território nacional, somados às experiencias vividas na Região Norte moldarão de forma definitiva o novo militar após a conclusão do curso, carregando no chapéu, no peito e no coração o brevê da “cara da onça”.

Fruto da expertise desenvolvida pelos militares do CIGS ao longo desses 60 anos, refletida na qualidade do Guerreiro de Selva formado no Centro, o CIGS é considerado uma escola de referência mundial quanto ao combate em área de selva.

CIGS: orgulho do Exército Brasileiro, patrimônio do Brasil!

Tudo pela Amazônia! SELVA!!!!

VOCÊ SABIA?

O Zoológico do CIGS foi criado em 1967, a partir da visão de seu fundador, o Coronel Jorge Teixeira. Com o passar dos anos, com o aumento da sua estrutura física e o recebimento de outros animais, o Zoo CIGS começou a ser frequentado pelo público civil, sendo aberto definitivamente aos visitantes externos em 1969. Atualmente é um dos pontos turísticos da capital amazonense.

O Zoo CIGS é o habitat de mais de 1.100 animais distribuídos em 45.000 m² de área de conservação e 15.000 m² de área construída. Entre os animais existentes no zoológico destacam-se as onças, um dos mais procurados pelos visitantes e que é também o animal-símbolo da Amazônia e dos Guerreiros de Selva. Além disso, destacam-se estruturas modernas, como a Sala de Imersão General Rodrigo Octávio, um ambiente multissensorial com projeção mapeada em 360º, e o Aquário Amazônico, que encanta os visitantes com a rica biodiversidade da região.

Ao longo de seus 60 anos de existência, o CIGS especializou 7.232 guerreiros de selva, sendo 642 de nações amigas. Além disso, permanece incansável na busca pela inovação nos assuntos atinentes à doutrina e à pesquisa sobre as operações na selva, à defesa da Amazônia brasileira e à preservação ambiental. Devido ao trabalho daqueles que antecederam a atual geração, este Centro tem o status e a responsabilidade de honrar o legado e continuar a especializar o melhor combatente de selva do mundo.

CMA CMA

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